
Sobre a

Trupe de mulheres palhaças
A Trupe Las Manas surge em 2018 no Núcleo de Pesquisa em Palhaçaria das Oficinas Culturais de Mauá, a partir do encontro de artistas interessadas em investigar as relações femininas na linguagem da palhaçaria. Desde então, desenvolve uma pesquisa contínua sobre comicidade, gênero e protagonismo feminino no universo circense, com foco em territórios periféricos e no riso como ferramenta crítica e afetiva.
Em 2019, foi contemplada pelo edital FAFC para criação do espetáculo de palhaçaria infantil “Las Manas e a Despedida”, direção e dramaturgia de Matheus Barreto, atuação de Carolina Esteves e Isabela Picolotte. O espetáculo explora frustrações e emoções humanas, como amizade e companheirismo, através da relação das palhaças, com as quais o público se identifica e se diverte. Em 2020 e 2021, foi selecionada nas modalidades 1 do Programa VAI com o projeto “Las Manas e o Apocalipse”, seguido de circulação e ações em ocupações de moradia de São Paulo com o “Cortejo das Manas”, espetáculo itinerante de palhaçaria, música e habilidades circenses, esse projeto fortaleceu o grupo como coletivo autogerido e com ficha técnica inteiramente composta por mulheres, ampliando a produção artística e o engajamento com o território.
O espetáculo Cortejo das Manas nasce dentro das ocupações de moradia, parte da pesquisa da Trupe Las Manas, onde as palhaças viam a necessidade de realizar um cortejo bem humorado com música pelas ocupações, convidando o público de porta em porta, pedindo licença em suas casas, para assistir o espetáculo. Através do Cortejo das Manas, a Trupe pode desenvolver seu trabalho de pesquisa em território, tendo realizado diversas temporadas em CEUs, espaços alternativos e nas ruas de São Paulo. O espetáculo também traz a possibilidade de rotação de elenco, podendo incentivar cada vez mais o trabalho de mulheres palhaças.
Em 2022, o grupo criou de forma independente “Las Manas à Obra”, tendo direção de Gabi Zanola e dramaturgia de Matheus Barreto, atuação de Carolina Esteves, Isabela Picolotte e Jussara Freitas, aprofundando a pesquisa sobre mulheres em trabalhos historicamente masculinos na palhaçaria e em outras profissões. O espetáculo traz, através da ludicidade e brincadeira com adereços, palhaças construtoras que se divertem ao construir uma casa. No mesmo ano, a Trupe foi contemplada pelo Programa VAI – modalidade 2, com a Mostra de Repertório em espaços periféricos da cidade, circulando com os espetáculos Las Manas e a Despedida, Cortejo das Manas e Las Manas à Obra.
Entre 2023 e 2025, a Trupe vem ampliando sua atuação por meio de circulações em festivais, casas de cultura, SESCs, teatros, parques e ruas. Dentre os destaques recentes, está a temporada de um mês do espetáculo Las Manas à Obra no Sesc Belenzinho, consolidando o grupo com pesquisa em palhaçaria contemporânea com perspectiva de gênero. O grupo reafirma sua identidade como coletivo de palhaçaria feminina comprometido com a criação autoral, a escuta e diálogo aberto coletivo e o acesso à arte como direito.
Nosso elenco
Composta por mulheres palhaças na cena, a Trupe Las Manas tem construído um trabalho consistente ao longo dos anos, comprometida com a pluralidade de corpos, estéticas e narrativas. Fundada por Carolina Esteves, e tendo em seu principal núcleo artístico Isabela Picolotte e Jussara Freitas, a Trupe conta com diversas integrantes em seus espetáculos, buscando a democratização e o amplo acesso das artistas em cena.
